sábado, 17 de novembro de 2012

Sobre as Obras


Em 1850, o historiador Francisco Adolfo de Varnhagen publicou 39 dos meus poemas na colectânea Florilégio da Poesia Brasileira (em Lisboa).

Afrânio Peixoto edita a restante obra, de 1923 a 1933, em seis volumes a cargo da Academia Brasileira de Letras, excepto a parte pornográfica que aparecerá publicada, por fim, em 1968, por James Amado.
A minha obra tinha um cunho bastante satírico e moderno para a época, além de chocar pelo teor erótico, de alguns de meus versos.
Entre meus grandes poemas está o "A cada canto um grande conselheiro", no qual eu critica os governantes da "cidade da Bahia". Esta crítica é, no entanto, atemporal e universal - os "grandes conselheiros" não são mais que os indivíduos (políticos ou não) que "nos quer(em) governar cabana e vinha, não sabem governar sua cozinha, mas podem governar o mundo inteiro". A figura do "grande conselheiro" é a figura do hipócrita que aponta os pecados dos outros, sem olhar aos seus. Em resumo, é aquele que aconselha mas não segue os seus preceitos.

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