MANUSCRITOS – Durante minha vida meus poemas circulavam de mão em mão, de forma manuscrita, ou de boca em boca, no aspecto oral.
OBRAS PUBLICADAS – Minhas obras somente foram publicadas no século XX, entre 1923 e 1933, pela Academia Brasileira de Letras, em seis volumes:
I. Sacra
Expressa a cosmovisão barroca: a insignificância do homem perante Deus, a consciência nítida do pecado e a busca do perdão. Ao lado de momentos de verdadeiro arrependimento, muitas vezes o tema religioso é utilizado como simples pretexto para o exercício poético, desenvolvendo engenhosos jogos de imagens e conceitos.
II. Lírica
Apresenta-se sob o signo da dualidade barroca, oscilando entre a atitude contemplativa, o amor elevado, à maneira dos sonetos de Camões, e a obscenidade, o carnalismo. É curioso que a postura platônica é dominante, quando o poeta se refere a mulheres brancas, de condição social superior, e a libido agressiva, o erotismo e o desbocamento são as tônicas, quando o poeta se inspira nas mulheres de condição social inferior, especialmente as mulatas. Neste sentido, destaca-se já certa “tropicalidade”, a antecipação de certo “sentimento brasileiro”.
III. Graciosa
Gregório de Matos escreveu também poemas laudatórios (de elogio), de circunstância (festas, homenagens, fatos corriqueiros). Um exemplo curioso é o poema cujo inicio transcrevemos, uma homenagem ao desembargador Belchior da Cunha Brochado
IV e V. Satírica
Contém todos os poemas que exploram a sátira.
VI. Última
Contém poemas misturados.
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